As pessoas que se recusam a usar IA
Profissionais de diversas áreas expressam preocupações sobre o impacto da inteligência artificial, tanto em suas atividades quanto no meio ambiente. Apesar de alguns se adaptarem ao uso das tecnologias, muitos questionam a ética e o valor da criatividade humana face à automação crescente.
Sabine Zetteler, proprietária de uma agência de comunicação em Londres, critica o uso de inteligência artificial (IA), argumentando que ela não substitui o valor humano. "Por que ler algo que não foi escrito por alguém?", questiona.
Zetteler destaca a falta de alegria e conexão humana na produção tecnológica, além de apontar preocupações sobre o impacto ambiental da IA. Um estudo do Goldman Sachs revela que pesquisas no ChatGPT consomem até 10 vezes mais energia que no Google, o que a preocupa.
Florence Achery, proprietária de um espaço de Yoga, também se opõe à IA, mencionando que seu trabalho é sobre conexão humana e que a energia consumida por essa tecnologia é alarmante.
Zetteler admite que a IA pode ter benefícios sociais, mas teme o impacto a longo prazo. Ela se pergunta se o sucesso empresarial deve ser medido apenas por lucro.
Sierra Hansen, de Seattle, se recusa a usar IA, valorizando o pensamento crítico humano. Para ela, a dependência da IA prejudica a capacidade de resolver problemas.
No entanto, Jackie Adams (nome fictício) enfrenta a pressão de usar IA no marketing digital, preocupando-se inicialmente com seu impacto ambiental. Mas, forçada a se adaptar por questões orçamentárias, agora vê a IA como uma ferramenta útil.
James Brusseau, especialista em ética da IA, acredita que resistir à tecnologia é irrelevante, apontando que necessitaremos de humanos em decisões críticas, enquanto previsões meteorológicas e anestesiologia se tornarão totalmente automatizadas.
Adams expressa preocupação com a crescente influência da IA e questiona como podemos reverter essa situação.