As tarifas de Donald Trump sobre o Brasil são mais um latido do que uma mordida
Tarifas de Trump visam Brasil em resposta a questões políticas, mas impacto econômico parece limitado. Lula se destaca como defensor da soberania nacional, enquanto Brasil diversifica seus mercados para mitigar efeitos negativos.
Tarifas de Trump atingem o Brasil com taxa de 50%, uma das mais altas do mundo, desde 7 de agosto. O presidente dos EUA, Donald Trump, justifica as tarifas como retaliação política contra o Brasil, devido ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Trump usou o comércio como instrumento de interferência, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu que o Brasil não se humilhará diante de potências estrangeiras. Apesar da firmeza, Lula não retaliou e beneficiou-se de lobby de empresas brasileiras.
Como resultado, as tarifas isentam quase 700 produtos, incluindo aviões, petróleo, celulose e suco de laranja. No entanto, setores como café e carne bovina sofrerão impactos negativos.
Um estudo da empresa TS Lombard estima que quase metade das exportações brasileiras para os EUA será poupada, o que diminui o efeito das tarifas na economia. O impacto real é limitado, dado que apenas 13% das exportações do Brasil estão expostas a essas tarifas, em comparação com 25% duas décadas atrás.
Enquanto a China se torna um mercado crescente, Lula promete alívio estatal para os setores afetados. No entanto, o relacionamento com o Brics e a resposta a Trump podem desencadear novas tensões comerciais.
Resiliência e diversificação caracterizam o comércio brasileiro. O café brasileiro continua sendo preferido pela União Europeia e as vendas para o Leste Asiático e Oriente Médio tiveram crescimento significativo. Lula pode aproveitar a situação para reforçar sua imagem como defensor da soberania nacional, limitando os danos das tarifas.