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‘As tarifas de Trump são um instrumento errado para um problema que não existe’, afirma Schwartsman

Schwartsman critica as tarifas de Trump como uma solução inadequada para um problema inexistente. Ele destaca que o déficit externo dos EUA é impulsionado pelo crescimento do investimento e da produtividade, e não um obstáculo ao desenvolvimento econômico.

Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central, expressa sua opinião sobre as tarifas de Donald Trump, afirmando que elas ampliaram a incerteza econômica nos EUA, afetando consumo e investimentos.

Schwartsman considera que as tarifas são um instrumento errado para um problema que não existe. Ele argumenta que o déficit externo dos EUA é consequência do aumento do investimento e não um obstáculo ao crescimento.

Em sua análise, ele destaca: “O déficit externo ocorre porque a economia americana gasta mais do que produz.” O investimento nos EUA subiu de 15% para 20% do PIB, impulsionado pela inovação e crescimento de produtividade.

Além disso, a política fiscal expansionista aumentou o consumo, que também alimenta o déficit. Para reduzir isso, propagandeia um ajuste fiscal, e não tarifas, que apenas encarecem importações.

Schwartsman adverte sobre as consequências globais das tarifas, incluindo a possibilidade de queda no comércio internacional e uma erosão da liderança americana, especialmente com potências como China e Rússia atentas ao cenário.

Ele também menciona que 60% das importações dos EUA são bens intermediários, e tarifas podem prejudicar a competitividade. A incerteza sobre a política comercial americana tem efeitos diretos no consumo e investimento, resultando em uma possível “vitória de Pirro” ao reduzir o déficit externo.

Em conclusão, Schwartsman vê um futuro incerto: “A confiança na economia americana tomou um golpe severo.” Embora o impacto direto no Brasil seja mínimo, a recessão global pode afetar o país indiretamente, especialmente nas commodities.

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