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As tatuagens de 2,5 mil anos encontradas em múmia congelada

Pesquisadores utilizam tecnologia de imagem para revelar as sofisticadas tatuagens de uma mulher da cultura pazyryk. As decorações oferecem novas perspectivas sobre práticas artísticas e sociais de uma antiga civilização nômade.

Imagens de alta resolução de tatuagens encontradas em uma "múmia de gelo" de 2,5 mil anos na Sibéria mostram detalhes que um tatuador moderno teria dificuldade em reproduzir.

As tatuagens, presentes no corpo de uma mulher de aproximadamente 50 anos, incluem leopardos, um veado, um galo e um grifo, refletindo uma antiga cultura guerreira, do povo nômade pazyryk.

Pesquisadores, em colaboração com um tatuador moderno, analisaram as intrincadas e nítidas decorações da pele que eram invisíveis a olho nu, revelando a sofisticação da arte.

A mulher foi encontrada em túmulos de gelo nas montanhas Altai, e, com o uso de fotografia digital de infravermelho próximo, puderam-se criar imagens em alta resolução das tatuagens.

Gino Caspari, do Instituto Max Planck, afirmou que as imagens mostram como essas pessoas eram sofisticadas e que convida a uma nova apreciação da arte antiga:

  • Leopardos e um veado no antebraço direito;
  • Grifo, parecendo lutar contra um veado no braço esquerdo;
  • Detalhes que variam em qualidade, indicando diferentes tatuadores.

A equipe acredita que as tatuagens foram estampadas antes de serem feitas e utilizou ferramentas feitas de chifre ou osso, com pigmentos de materiais vegetais ou fuligem.

Caspari observa que as tatuagens eram significativas durante a vida, mas sua relevância parecia ser reduzida após a morte. As descobertas foram publicadas na revista Antiquity.

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