As vacinas e seus eventos adversos
A ausência de vacinação no Brasil levanta preocupações sobre o retorno de doenças erradicadas, como poliomielite e sarampo, em meio a um crescente movimento antivacina. A situação é crítica à medida que a desinformação continua a se espalhar, impactando as políticas de saúde pública e a segurança da população.
Vacinação: um debate urgente
O tema da vacinação é crítico e merece atenção. O Ministério da Saúde divulgou, em 21 de dezembro de 2024, a pesquisa Epicovid 2.0, revelando que **32,4%** dos não vacinados não acreditam na vacina, enquanto **31%** acham que ela pode fazer mal.
Em 17 de junho de 2025, a Unicef destacou que o Brasil enfrenta uma das piores crises de saúde pública desde a criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI). O Anuário VacinaBR 2025 mostrou uma queda alarmante nas coberturas vacinais infantis que começou em 2015, e se agravou após 2020.
Dados preocupantes:
- Em 2023, apenas **quatro estados** atingiram a meta de **95%** de cobertura vacinal para sarampo, caxumba e rubéola.
- Menos de **20%** da população vive em municípios que cumprem a meta de vacinação contra poliomielite.
Os pais não percebem as tragédias que estas doenças podem causar, algumas delas quase esquecidas pela geração atual.
Muitos comentários sobre vacinas são baseados em desinformação. Exemplos incluem profissionais de saúde que rejeitam vacinas e pessoas que preferem medicamentos sem eficácia comprovada. É crucial que a discussão sobre vacinas não seja ideológica e baseada na ciência.
Embora as vacinas possam ter efeitos adversos, a maioria deles é leve e rara. A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir doenças, salvar vidas e aumentar a expectativa de vida. As vacinas contribuíram significativamente para a redução das mortalidades infantis em **40%**.
A Organização Mundial da Saúde assegura um controle rigoroso das vacinas, garantindo que os benefícios superem em muito os riscos. Um estudo revelou que a vacinação contra a COVID-19 resultou em uma redução geral nos eventos cardiovasculares, reforçando a segurança das vacinas.
O Brasil possui uma das melhores estruturas de vacinação do mundo, e precisamos preservar e melhorar esse sistema, evitando retrocessos ocasionados por desinformação.
Finalizando, como lembrou Oswaldo Cruz: “Não esmorecer para não desmerecer.”