Assaí (ASAI3): saída de CFO surpreende, mas não deve mudar estratégia; ação cai
Mudança na liderança do Assaí gera estranhamento no mercado e impacto negativo na cotação das ações. Com um novo CFO interino e o CEO acumulando funções, a empresa enfrenta desafios em meio ao processo de desalavancagem.
Assaí (ASAI3) anunciou a renúncia do seu CFO e Diretor de Relações com Investidores, Vitor Fagá, na noite de segunda-feira (14). O CEO, Belmiro Gomes, irá assumir interinamente a função de Diretor de RI.
Aymar Giglio Jr., atual Diretor de Tesouraria, ocupará as funções de CFO de forma interina, sem designação estatutária, enquanto a seleção para um novo CFO e RI está em andamento.
A mudança surpreendeu o JPMorgan, dado o curto tempo de Fagá na empresa, cerca de um ano. As ações ASAI3 caíram 2,97%, para R$ 8,17, após o anúncio.
O JPMorgan não espera alterações na estratégia da companhia, mas destaca que o nível de *ruído* em torno das ações da Assaí deve permanecer elevado, devido a uma desalavancagem gradual com alavancagem ajustada em 3 vezes até o final de 2025.
Adicionalmente, a empresa opera com níveis médios de caixa baixos, abaixo de R$ 2 bilhões. Fagá estava à frente de um plano de gestão de passivos para melhorar o perfil de vencimento da dívida.
O Itaú BBA também considera a renúncia uma surpresa, citando a importância de Fagá na estratégia de desalavancagem. A equipe interina possui experiência, mas o Assaí enfrenta o desafio de contratar um novo líder.
O JPMorgan manteve recomendação neutra e preço-alvo de R$ 8, enquanto o BBA reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 11.