Assista ao depoimento do juiz que soltou homem que quebrou relógio
Juiz se arrepende de erro ao soltar mecânico condenado por invasão ao Palácio do Planalto. Decisão foi revogada pelo STF, que reafirmou sua competência em casos relacionados aos atos de 8 de janeiro.
Juiz Lourenço Migliorini Fonseca Ribeiro prestou depoimento à Polícia Federal em 23 de junho de 2025. Ele se tornou alvo de inquérito no STF após soltar Antônio Cláudio Alves Ferreira, condenado a 17 anos pela invasão ao Palácio do Planalto.
Antônio Cláudio foi condenado por destruir um relógio de Dom João VI durante os atos de 8 de janeiro. O ministro Alexandre de Moraes revogou a decisão de Ribeiro, alegando falta de competência legal para a concessão da liberdade.
No depoimento, Ribeiro afirmou que cometeu um “equívoco” devido a um erro de cadastramento, que fez parecer que o processo era da própria vara. Moraes destacou que somente o STF pode decidir sobre esses casos.
O juiz pediu desculpas e afirmou que o erro servirá de aprendizado. “Nunca tive a intenção de usurpar competência”, declarou.
Antônio Cláudio Ferreira foi condenado em junho de 2024 e é responsável por crimes como associação criminosa e golpe de Estado. Durante o processo, ele confirmou a destruição do relógio e o uso de extintor no Planalto.
O relógio, produzido por Balthazar Martinot, foi presente de 1808 e restituído ao Palácio em janeiro de 2025 após restauração.