ASSISTA: O que disse Bolsonaro em entrevista que Moraes apontou como “confissão”
Supremo considera declarações de Bolsonaro como tentativa de extorsão ao Judiciário. Ministro Moraes destaca a atuação coordenada entre o ex-presidente e seu filho para pressionar o STF.
Entrevista de Jair Bolsonaro antes da operação que resultou na colocação de uma tornozeleira eletrônica foi crucial para que o ministro Alexandre de Moraes, do STF, o considerasse como criminosa a sua atuação contra a soberania nacional.
Bolsonaro foi acusado de condicionar o fim das sanções dos EUA à sua anistia, o que Moraes interpretou como uma tentativa de extorsão ao Judiciário.
Na coletiva de imprensa, o ex-presidente afirmou estar aberto a negociações com Donald Trump, mencionando que estaria disposto a conversar se o governo Lula lhe devolvesse o passaporte. Ele sugeriu que a anistia poderia ser uma saída para as tensões comerciais, o que reforçou a hipótese de barganha judicial.
Os filhos de Bolsonaro, como Eduardo e Flávio, também deram indicações de que a anistia poderia ser um caminho para resolver a crise, alinhando-se com a estratégia de seu pai.
Moraes declarou que as ações de Bolsonaro e Eduardo configuram crimes, como:
- Coação no curso do processo
- Obstrução de investigação de organização criminosa
- Atentado à soberania nacional
As publicações em redes sociais de Bolsonaro e um vídeo de apoio de Donald Trump foram citadas como parte da campanha de pressão sobre o Judiciário.
A defesa de Bolsonaro se manifestou com surpresa e indignação em relação às medidas cautelares, afirmando que ele sempre cumpriu determinações judiciais e que aguardam acesso à decisão completa.