Associação da Abin diz que agência auxilia na segurança de urnas, mas nega poder de fiscalização
A Intelis esclarece sua atuação em parceria com o TSE para garantir a segurança cibernética das urnas eletrônicas, reafirmando que a fiscalização do processo eleitoral é responsabilidade da Justiça Eleitoral. A manifestação ocorre em meio ao julgamento de Alexandre Ramagem no STF sobre uma suposta tentativa de golpe.
Associação Intelis, que representa os servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), afirmou que a agência oferece apoio técnico para a segurança cibernética das urnas eletrônicas em colaboração com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A Intelis negou ter competência para a fiscalização do processo eleitoral, ressaltando que essa é uma atribuição da Justiça Eleitoral.
A declaração ocorreu após o advogado Paulo Renato, representante de Alexandre Ramagem, afirmar no Supremo Tribunal Federal (STF) que a Abin tinha a responsabilidade de fiscalizar as urnas. A ministra Cármen Lúcia questionou a veracidade dessa afirmação, lembrando que as urnas pertencem a outro poder.
O julgamento se relaciona a Alexandre Ramagem e outros envolvidos em uma suposta tentativa de golpe, incluindo o ex-presidente e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. A Procuradoria Geral da República apresentou evidências de que Ramagem questionou a confiabilidade das urnas eletrônicas.
A Intelis explicou que a atuação da Abin no processo eleitoral, iniciada em 1996, ocorre por meio do seu Centro de Pesquisa e Desenvolvimento para a Segurança das Comunicações (CEPESC), focando em soluções criptográficas e suporte técnico.
A associação reafirmou o compromisso da Abin com a legalidade e a institucionalidade das suas ações, além de promover a democracia e o Estado Democrático de Direito. A Intelis se colocou à disposição para colaborar com os Poderes da República e instituições que visem à segurança e soberania nacional.