Associação de médicos cubanos critica sanções dos EUA ao Mais Médicos
A Aspromed defende que o programa Mais Médicos é fundamental para a promoção da saúde pública no Brasil, destacando sua importância em momentos críticos como a pandemia de covid-19. A associação também critica as sanções dos EUA, que afetam diretamente as relações de colaboração entre Brasil e Cuba na área da saúde.
A Aspromed (Associação dos Médicos Cubanos no Brasil) criticou, em 6ª feira (15.ago.2025), as sanções dos Estados Unidos contra funcionários brasileiros do Ministério da Saúde envolvidos no programa Mais Médicos.
A associação destacou que o programa é uma política pública essencial para garantir o direito à saúde, especialmente para a população de baixa renda. “Atacar esse programa questiona a essência da assistência pública”, afirmou a Aspromed.
A cooperação entre Brasil e Cuba na área de saúde existe desde 1987, reforçada por acordos em 1999. Apesar da tentativa de extinção em 2019, o programa foi mantido e foi crucial no combate à covid-19.
A Aspromed enfatizou que médicos cubanos que escolheram ficar no Brasil continuarão a atender comunidades carentes, mesmo com as sanções.
As sanções dos EUA, que revogaram vistos de funcionários brasileiros e da Opas, foram justificadas pela suposta exploração de médicos cubanos. Entre os vistos cancelados estão o de Mozart Julio Tabosa e Alberto Kleiman.
Além disso, os vistos da mulher e filha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também foram cancelados, mas a decisão não afeta Padilha, cujo visto estava vencido desde 2024.