Associação de pecuarista ampliou em 790 vezes os descontos de aposentados do INSS em seis anos
Investigações revelam crescimento exorbitante nos descontos realizados pela Conafer em benefícios do INSS, levantando sérias suspeitas de fraudes e desvio de recursos. A operação da PF e da CGU apura a falta de autorização dos aposentados para tais cobranças e ligações suspeitas do presidente da entidade.
Crescimento Exponencial de Descontos
Entre 2019 e 2024, a Conafer registrou um crescimento de mais de 790 vezes nos descontos de aposentados e pensionistas do INSS, totalizando R$ 688 milhões.
Operação Sem Desconto
A entidade e outras foram alvo da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e Controladoria-Geral da União, que investiga fraudes em descontos.
Aumento Preocupante
Em 2019, a Conafer fez descontos de apenas R$ 350 mil; em 2020, esse número saltou para R$ 57 milhões, um aumento de 16.185%.
Aprovação dos Descontos
Pesquisas com 1.242 beneficiários indicaram que 97,6% não autorizaram os descontos e 95,9% não pertenciam a associações que realizam cobranças.
Defesa da Conafer
A Conafer afirma que realiza uma agenda de ações e presta serviços a agricultores, destacando seu papel na garantia de direitos previdenciários.
Suspeitas de Irregularidades
Investigações mencionam transações suspeitas envolvendo o presidente Carlos Roberto Ferreira Lopes, com indícios de lavagem de dinheiro e desvios financeiros.
Nota de Repúdio
A Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) repudiou a Conafer, alegando que a entidade lucrou de forma ilegal, desviando benefícios de povos indígenas.
Transações Financeiras Comprometedoras
A Conafer teria recebido mais de R$ 100 milhões, com movimentações financeiras suspeitas sugerindo um possível ciclo de lavagem de dinheiro.
Indivíduos Envolvidos
Entre os mencionados, está José Carlos Oliveira, ex-ministro do Trabalho, com ligações a repasses suspeitos.
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