Associação evangélica é confundida com entidade investigada em fraude do INSS
Entidades homônimas enfrentam problemas legais e confusões devido a descontos não autorizados envolvendo a sigla ABCB, enquanto tentam esclarecer sua inocência. A situação levou algumas associações a contratarem advogados e até bloquearem contas devido a processos judiciais.
A ABCB (Amar Brasil Clube de Benefícios) está entre as 11 entidades investigadas pela Polícia Federal na Operação Sem Desconto, que visa combater débitos não autorizados em aposentadorias e pensões.
Porém, a sigla ABCB também refere-se a três outras entidades, como a Associação Brasileira de Conselheiros Bíblicos, que afirma não ter relação com os débitos. O pastor Flávio Ezaledo diz que já teve R$ 150 mil bloqueados em processos judiciais relacionados a essas cobranças.
Flávio declara que muitos processos foram enviados para o endereço antigo da associação, resultando em perdas financeiras. Outro grupo afetado é a Associação Brasileira dos Criadores de Búfalos, que precisa de auxílio jurídico devido a reclamações do Procon.
Flávio solicitou ao INSS a inclusão do nome completo e CNPJ das entidades nos pagamentos a aposentados, mas diz que não obteve resposta satisfatória. Após mais de 800 processos judiciais, a associação está enfrentando aumento nos custos legais, pressionada pela multiplicação dos casos desde 2023.
A Associação Beneficente Cades Barneia também usa a sigla ABCB e relata problemas similares. A Abesprev se vê confundida com outras associações e mesmo assim, recebeu reclamações sobre descontos não autorizados. Mesmo com denúncias ao INSS, a entidade afirma que não houve ações eficazes.