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AstraZeneca propõe cortes nos preços de medicamentos nos EUA

A AstraZeneca busca atender à pressão do governo americano por preços mais baixos, enquanto planeja uma expansão significativa no mercado dos EUA. O CEO da empresa afirmou que está em negociação com a administração Trump para reduzir custos, sem especificar quais medicamentos serão afetados.

AstraZeneca anunciou cortes de preços para seus medicamentos nos Estados Unidos, conforme declarado por seu CEO, Pascal Soriot, nesta terça-feira (29). Isso ocorre após um investimento de US$ 50 bilhões para expandir sua presença no país, sob pressão do governo de Donald Trump.

Soriot revelou que a administração Trump está avaliando as propostas da empresa, embora não tenha especificado quais medicamentos estão incluídos. Trump pressionou as farmacêuticas para que reduzem preços e ameaçou tarifas, mas deu um prazo de um a 18 meses para as empresas se organizarem.

“Apoiamo a ideia de uma redução de preços nos EUA”, disse Soriot. A empresa espera que todos os medicamentos para pacientes nos EUA sejam produzidos localmente em breve e considera vender diretamente aos clientes.

As ações da AstraZeneca subiram 2,92% após resultados financeiros positivos. Os EUA representaram mais de 40% da receita da empresa em 2024. A AstraZeneca visa alcançar US$ 80 bilhões em receita anual até 2030, mesmo em um mercado competitivo.

A demanda forte nos EUA e as vendas robustas de novos medicamentos como Tagrisso e Lynparza impulsionaram um crescimento de 11% na receita do segundo trimestre, que alcançou US$ 14,46 bilhões.

O lucro por ação foi de US$ 2,17, levemente acima da expectativa dos analistas. A AstraZeneca manteve sua projeção para 2025 e aumentou em 3% o dividendo intermediário.

Um acordo comercial recente entre a União Europeia e os EUA estabeleceu uma tarifa de 15% sobre produtos da região, incluindo medicamentos, que pode impactar a empresa.

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