Ata do Copom mostra que, sem ajuste fiscal, Lula não terá juros baixos até as eleições de 2026
Banco Central reafirma compromisso com taxas de juros estáveis em meio a pressões do governo. A Selic deve permanecer em 15% até o primeiro trimestre de 2026, dificultando os planos do Palácio do Planalto para impulsionar a economia.
Banco Central reafirma Selic em 15% e ignora pressão por cortes de juros.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT esperam redução das taxas para impulsionar a economia antes das eleições de 2026.
Em uma demonstração de independência, o Banco Central (BC), liderado por Gabriel Galípolo, anunciou na Ata do Copom que a Selic permanecerá em 15% por um período “bastante prolongado”.
A instituição alertou que não hesitará em aumentar os juros se necessário, devido a um cenário inflacionário desafiador e expectativas desancoradas.
O BC destaca pressões no mercado de trabalho e incertezas externas, como tarifas de Donald Trump e conflitos no Oriente Médio.
Os diretores pediram que as políticas fiscal e monetária sejam “harmoniosas”, evidenciando que o controle de gastos ainda é insuficiente. Apesar disso, o BC vê com bons olhos discussões sobre cortes tributários e redução de gastos primários.
Após a última decisão, o mercado precifica que a Selic deve se manter a 15% até o primeiro trimestre de 2026.
Se o governo falhar em resolver as incertezas fiscais, os possíveis cortes de juros em 2026 terão pouco impacto na economia e na dinâmica eleitoral.