Ata mostrou Copom cauteloso e atento às expectativas de inflação fora do ponto
Copom mantém Selic em 15% e reforça cautela na comunicação sobre política monetária. Especialistas divergem sobre o início dos cortes, com projeções variando entre dezembro de 2023 e 2026.
Copom encerra ciclo de alta na Selic: Em reunião realizada no dia 30 de julho, a ata divulgada nesta terça-feira (5) já era esperada por economistas e enfatiza a comunicação cautelosa do Banco Central.
Destaques: A Selic se mantém em 15% ao ano, sem previsões claras para cortes. Economistas estão divididos sobre o início dos cortes, que podem ocorrer entre dezembro de 2023 e o início de 2026.
XP Macro: Reforça a necessidade de cautela e aponta que o Copom repetiu cinco vezes a intenção de manter os juros elevados por um “período muito prolongado”. A política fiscal impacta a demanda e a percepção sobre sustentabilidade da dívida.
Projeções: A XP prevê um ciclo de cortes a partir de janeiro de 2024, com a Selic podendo chegar a 12,50% após cinco cortes consecutivos.
Análises adicionais:
- André Valério (Inter): Destaca preocupações com expectativas de inflação e política fiscal, sugerindo que a desaceleração da atividade econômica é chave para cortes.
- Bradesco: Espera manutenção dos juros até dezembro, com um possível corte para 14,5%.
- Goldman Sachs: Prevê que o Copom pode ser paciente até o 1º semestre de 2026.
- Leonardo Costa (ASA): Observa um tom neutro na ata, com a inflação ainda acima da meta e a expectativa de cortes em dezembro de 2025.
Em suma, o Copom permanece cauteloso enquanto navega um cenário econômico complexo.