Atacado, Irã enfrenta isolamento em seu momento mais crítico em décadas
Irã enfrenta isolamento internacional em meio a tensões crescentes com os Estados Unidos. Chanceler irá a Moscou, mas espera-se que a Rússia não se comprometa a apoiar militarmente Teerã.
O Irã enfrenta seu maior desafio desde os anos 1980, com um ataque significativo dos Estados Unidos em seu território e crescente isolamento internacional.
Teerã possui duas alianças importantes:
- Parcerias estratégicas com Rússia e China, que condenam os ataques, mas não se oferecem para defender o Irã.
- Financiamento de grupos insurgentes no Oriente Médio, como Hamas, Hezbollah e houthis.
Adam Farrar e Dina Esfandiary, da Bloomberg Economics, mencionaram que assistência tangível de Moscou ou Pequim é improvável.
O professor Vinícius Vieira alerta que o Irã está isolado globalmente, enfrentando sanções da ONU devido ao seu programa nuclear.
Os grupos apoiados pelo Irã, como Hezbollah e Hamas, perderam poder de ataque, enquanto os houthis oferecem algum suporte, mas representam riscos de retaliação pelos EUA.
O regime de Bashar Al-Assad na Síria, um aliado, também não pode ajudar após uma recente revolução.
Nesta segunda-feira, o chanceler iraniano, Abbas Araghchi, visitará Moscou para conversar com Vladimir Putin, mas não se esperam grandes avanços devido ao envolvimento da Rússia na Guerra da Ucrânia.
Enquanto isso, países europeus evitam condenar os EUA e sugerem que o Irã retome negociações sobre seu programa nuclear. A ONU condenou o ataque americano, mas não pode tomar ações sem a aprovação dos EUA, que detém poder de veto no Conselho de Segurança.
A falta de ajuda externa pode levar o Irã a buscar um acordo para evitar um conflito maior. No entanto, suas próximas ações são incertas. Segundo Vieira, respostas diretas aos EUA podem resultarem em uma reação militar devastadora, e a estratégia atual do Irã parece focar em ações contra Israel.