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Ataque à agência do clima venda olhos da ciência sobre o planeta

Demissões em massa na NOAA podem interromper coleta de dados cruciais para a ciência do clima. A falta de informações precisas comprometerá a segurança pública e a compreensão das mudanças climáticas globais.

Demissões da NOAA sob governo Trump ameaçam coleta de dados climáticos

As demissões em massa no governo Trump podem interromper a coleta de dados no observatório de Mauna Loa, administrado pela NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration). Este observatório, localizado no Havaí, é essencial para rastrear gases de efeito estufa e medir o aquecimento global.

Desde 1958, os dados coletados ajudaram a construir a Curva de Keeling, um gráfico crucial sobre a concentração global de CO₂. Entre 1959 e 1982, as emissões de CO₂ de combustíveis fósseis dobraram, chegando a quase 10 bilhões de toneladas em 2020.

O professor Ralph Keeling afirmou: “Esses dados são nossos olhos sobre o planeta”. O escritório da NOAA em Hilo pode fechar em agosto, afetando a divulgação de dados vitais para previsão de clima e desastres naturais, impactando setores como agricultura e administração urbana.

Após demissões de 800 a 1.200 funcionários em 27 de fevereiro, mais cortes são esperados. A NOAA, que depende de financiamento público, pode ter consequências globais com seu sucateamento.

O presidente da Sociedade Americana de Meteorologia destacou que a NOAA oferece serviços críticos de monitoramento e um banco de dados climático acessível a pesquisadores ao redor do mundo.

Recentemente, o governo dos EUA vetou a participação de seus cientistas em reuniões do IPCC e resciendeu contratos relacionados, podendo comprometer relatórios futuros. Benjamin Horton, do Observatório da Terra de Cingapura, alertou que “sem os EUA, o IPCC falha”.

A homepage da NOAA afirma que seus pesquisadores trabalham para reduzir os impactos climáticos, mas devido aos cortes, não se sabe até quando isso será possível.

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