Ataque aéreo deixa 15 mortos em Gaza, enquanto ONU afirma que 613 morreram ao tentar buscar ajuda
Conflito em Gaza se intensifica com novos bombardeios israelenses, resultando em várias mortes de civis. A ONU reporta que, desde o início da crise, 613 pessoas morreram ao buscar ajuda humanitária no enclave.
Ao menos 15 palestinos foram mortos nesta sexta-feira (4) em um ataque aéreo israelense na Faixa de Gaza, de acordo com autoridades de saúde locais.
A ONU reportou que 613 pessoas morreram ao tentar buscar ajuda humanitária no enclave palestino.
Os bombardeios ocorreram em um acampamento perto de Khan Younis às 2h da manhã (horário local). As vítimas eram pessoas desalojadas, segundo o Hospital Nasser.
A ofensiva israelense continua em meio a tratativas para um cessar-fogo mediado pelos EUA. O presidente Donald Trump espera resposta do Hamas à sua “proposta final” de trégua nas próximas 24 horas.
Na terça-feira, Trump anunciou que Israel aceitou as condições para finalizar o acordo. O Hamas afirmou estar analisando a proposta, sem indicar se aceitará ou não.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ressaltou que o grupo deve ser desarmado, condição que o Hamas rejeita discutir.
Segundo o escritório de direitos humanos da ONU, as 613 mortes ocorreram em pontos de ajuda humanitária administrados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF) e próximos a comboios humanitários.
A GHF utiliza empresas privadas de segurança e logística dos EUA para entregar suprimentos em Gaza, contornando o sistema liderado pela ONU. Este plano foi chamado de “inseguro por natureza” pela ONU.
“Registramos 613 mortes, até 27 de junho,” disse Ravina Shamdasani, porta-voz do ACNUDH. Destes, 509 mortes ocorreram nas proximidades dos pontos de distribuição da GHF.
O ACNUDH disse que os dados são baseados em fontes variadas e continua a verificar outros relatos sem fornecer detalhes sobre as localizações das mortes.