Ataque ao Irã foi melhor que o esperado para Trump, mas temor de guerra persiste, dizem especialistas
Pesquisa revela aumento no apoio a ataques dos EUA ao Irã, especialmente entre eleitores republicanos. Apesar do apoio majoritário, preocupações sobre possíveis escaladas militares e a imagem de Israel crescem entre os eleitores.
Bombardeios dos EUA no Irã: A ação não prejudicou a imagem do presidente Donald Trump, embora sua alta taxa de desaprovação se mantenha.
Uma pesquisa do site Axios, realizada entre 25 e 26 de junho, mostra que o apoio à ofensiva aumenta quando os eleitores sabem que os ataques focaram em instalações de enriquecimento de urânio:
- Aprovação geral: sobe de 43% para 55% com essa informação.
- Republicanos: 72% favoráveis aos bombardeios, aumentando para 82% com mais detalhes.
- Independentes: apoio de 32% para 42%.
- Democratas: 20% inicialmente, chegando a 33% após a explicação.
Eliott Morris, analista de dados, afirma que a lógica estratégica aumenta o apoio. Segundo Ryan Tyson, que conduziu a pesquisa, 55% dos eleitores acreditam que o programa nuclear iraniano foi "aniquilado".
Outra pesquisa da CBS/YouGov: 44% aprovam o ataque, 56% desaprovam. O apoio é maior entre republicanos (85%) e trumpistas (94%). 63% acreditam que Trump precisa de autorização do Congresso.
Javed Ali, especialista em segurança, elogia a ação militar restrita de Trump. Robert Shapiro, da Universidade Columbia, ressalta danos significativos às instalações nucleares.
As preocupações sobre escaladas militares são relevantes:
- 75% acreditam que o conflito pode evoluir para uma guerra regional.
- 46% veem como provável um ataque iraniano em solo americano.
- 45% acham que os bombardeios não tornaram os EUA mais seguros.
Ainda assim, 50% apoiam ataques aéreos semelhantes e 56% defendem o uso da força militar contra o Irã.
Desgaste de Israel: A imagem de Israel se deteriora entre os americanos, com 54% considerando que o país exerce influência excessiva na política externa dos EUA.
Em comparação, os americanos mostram mais disposição para apoiar militarmente a Ucrânia do que Israel. A aprovação do presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, é sólida, enquanto o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, enfrenta rejeição crescente.