Ataque dos EUA ao Irã marca o primeiro confronto direto entre os dois países em 45 anos

Donald Trump, presidente dos EUA, confirmou ataque a instalações nucleares no Irã no sábado, 21, por meio de sua conta no Truth Social. Os alvos foram os centros de Fordow, Natanz e Esfahan.

Este é o primeiro ataque militar dos EUA a grandes instalações iranianas desde a Revolução Iraniana, em 1979. O objetivo do ataque é impedir que o Irã avance em sua corrida por armas nucleares.

Historicamente, os EUA evitaram conflitos diretos em larga escala com o Irã desde os anos 80, começando com a Revolução Iraniana, que depôs o xá apoiado pelos EUA e instaurou a República Islâmica sob o aiatolá Khomeini.

Após a tomada da Embaixada dos EUA em Teerã em 1979, 52 americanos foram feitos reféns, gerando uma crise de 444 dias que deteriorou as relações bilaterais. Um fracasso militar em 1980, a Operação Eagle Claw, tentou resgatar os reféns, mas falhou.

A Guerra Irã-Iraque, iniciada em 1980, marcou uma nova fase de hostilidade. Os EUA apoiaram o Iraque sob Saddam Hussein, visando conter a influência iraniana na região. Embora sem envolvimento direto, este apoio aumentou as tensões com o Irã.

Os EUA realizaram duas operações militares diretas: Operação Nimble Archer (1987) e Operação Praying Mantis (1988) em resposta a ataques iranianos. Um trágico incidente ocorreu em 1988, quando o cruzador USS Vincennes abateu o voo Iran Air 655, matando todos a bordo.

Recentemente, o conflito se intensificou com ataques aéreos dos EUA nas instalações nucleares iranianas após combates entre Israel e Irã. Trump exigiu a "rendição incondicional" do Irã e um ultimato para desmantelar seu programa nuclear.

As tensões entre EUA, Israel e Irã refletem a luta contínua para impedir que o Irã adquira capacidade nuclear, representando uma ameaça à estabilidade no Oriente Médio.