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Ataque hacker à entidade que liga bancos ao BC expõe fragilidade no combate a fraudes

Ataque hacker compromete sistema financeiro nacional e gera um rombo milionário. Especialistas apontam fragilidades nas estruturas de segurança e pedem reformas urgentes.

Esta semana, o sistema financeiro nacional sofreu um ataque hacker considerado um dos maiores da história, resultando em um roubo estimado de R$ 400 milhões.

As movimentações atípicas começaram na madrugada de segunda-feira (30), mas a situação ganhou destaque após a C&M Software informar sobre o ataque na noite de terça-feira (1º).

As contas reservas de cinco instituições, incluindo o Banco Paulista, foram afetadas. Nem as instituições nem o Banco Central (BC) divulgaram o valor total roubado.

O ataque revela fragilidades no sistema financeiro, como a dificuldade em reverter fraudes rapidamente. Fred Amaral, fundador da Lerian, destacou que as ferramentas de prevenção e recuperação estão defasadas em relação à velocidade dos fraudadores.

O dinheiro roubado é rapidamente redistribuído, o que torna o rastreamento difícil. Atualmente, não existem mecanismos automatizados para reverter os valores dispersados, resultando em um processo de recuperação manual e ineficiente.

Amaral afirma que as instituições precisam assumir responsabilidade completa ao se tornarem reguladas pelo BC e não confiar em modelos terceirizados de software.

O Banco Central alterou a suspensão da C&M, permitindo operações limitadas com melhorias de monitoramento de fraudes.

Amaral sugere que o BC exija novas barreiras de segurança e propõe três frentes prioritárias para fortalecer o sistema financeiro:

  • Repensar a verificação de identidade, utilizando bases públicas para validação.
  • Investir em soluções tecnológicas para rastrear desvios automaticamente.
  • Aumentar a capacidade de análise Transacional, com alertas para movimentações suspeitas.

A expectativa é que o ataque resulte em mudanças significativas para reforçar a segurança no setor financeiro.

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