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Ataques aéreos militares e réplicas do terremoto aterrorizam moradores em Mianmar

Voluntários enfrentam condições extremas para resgatar vítimas em Mandalay após o devastador terremoto. Com a possibilidade de mais corpos sendo encontrados, a incerteza e a necessidade de ajuda humanitária aumentam em meio à violência militar contínua.

Myanmar enfrenta uma crise grave após um terremoto devastador em Mandalay, onde uma casa desabou e socorristas resgataram uma menina de 12 anos viva, enquanto três corpos foram recuperados.

Até agora, mais de 1.600 mortes foram confirmadas e mais de 3.000 feridos, tornando este o pior terremoto em mais de um século no país. O resgate é urgentemente necessário, especialmente nas próximas 72 horas, quando as chances de sobrevivência diminuem.

As réplicas do terremoto mantêm os moradores em alerta, e muitos edifícios desabaram novamente. Mortos e sobreviventes continuam sendo buscados sob os escombros, enquanto os hospitais estão superlotados.

Enquanto isso, o exército birmane, sob o comando impopular do general Min Aung Hlaing, mantém bombardeios em regiões onde ocorre limitação de ajuda humanitária. A crise já afetava 20 milhões de pessoas antes do terremoto.

A ajuda internacional começou a chegar, com equipes de meia dúzia de países, mas sua distribuição é incerta e pode ser manipulada pelo regime militar. O ex-embaixador dos EUA, Scot Marciel, expressou desconfiança na entrega desta ajuda.

A guerra civil em Mianmar absorve a atenção, com grupos rebeldes alertando para o uso da ajuda militar em benefício próprio. O Governo de Unidade Nacional pediu uma pausa nos combates, mas a divisão do controle no país torna a situação crítica.

O futuro do regime militar depende da reação de Min Aung Hlaing diante da crise, com analistas considerando este um momento crucial para sua reputação e poder.

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