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Ataques de Trump à população trans ganham força no segundo mandato

Trump intensifica políticas contra a população transgênero durante seu segundo mandato, promovendo decretos que restringem direitos e serviços essenciais. A resistência a essas medidas cresce, com ações legais e mobilizações de grupos de defesa dos direitos humanos.

Desde sua posse em janeiro, Donald Trump intensificou ações contra a população transgênero nos EUA.

No dia da posse, 20 de janeiro, um decreto determinou que documentos de identificação deveriam refletir o sexo designado na concepção, frustrando pessoas como a atriz Hunter Schafer e a deputada brasileira Erika Hilton.

Em 25 de janeiro, Trump determinou que detentas trans fossem alocadas em prisões masculinas e que tratamentos médicos para transição fossem interrompidos.

No 28 de janeiro, um novo decreto mirou integrantes trans do Exército americano, onde a participação já havia sido banida em seu primeiro mandato. A Suprema Corte autorizou essa proibição em 6 de janeiro de 2024.

Outro decreto, em 29 de janeiro, atacou crianças e adolescentes trans, rotulando procedimentos de afirmação de gênero como "mutilação física e química".

Esses procedimentos são bloqueadores de puberdade e hormonais. A medida já era uma realidade em estados conservadores como Flórida e Texas, que proibiram esses processos em menores.

Até junho de 2023, 560 projetos de lei antitrans foram propostos nos EUA, com 83 se tornando lei, comparado a menos de 30 no ano anterior.

Trump anunciou que instituições com financiamento federal deveriam parar de oferecer os serviços caracterizados como "mutilação", com algumas ações bloqueadas em estados como Washington e Oregon.

Organizações como Moms for Liberty apoiam essas medidas, que refletem o Projeto 2025 do think tank conservador Heritage Foundation.

Segundo Hanah Stiverson, da ONG Human Rights First, os ataques à população trans cresceram agora devido a estratégias mais eficazes, comparando a atual situação a regimes autoritários.

Para ela, essa "nova" abordagem difere dos mandatos anteriores, e os direitos da população trans estão em risco de uma maneira mais duradoura.

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