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Atentado mortal em igreja reacende temores entre cristãos na Síria pós-Assad

Atentado em igreja de Damasco faz 25 mortos e chicoteia temor entre minorias religiosas na Síria. Governo sírio intensifica buscas por responsáveis enquanto comunidades cristãs enfrentam crescente insegurança.

Atentado suicida em uma igreja nos arredores de Damasco deixa ao menos 25 mortos e 63 feridos. O ataque, atribuído ao Estado Islâmico, ocorreu durante a missa na igreja de Mar Elias no subúrbio de Dweila.

O Ministério do Interior da Síria confirmou a prisão de membros de uma célula do Estado Islâmico envolvidos no planejamento do atentado. O porta-voz, Noureddine al-Baba, alertou que o ataque é um ataque contra todos os sírios, não apenas cristãos.

O atentado foi o mais letal contra cristãos desde a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro. Autoridades locais já haviam frustrado outros ataques em locais sagrados.

Tom Barrack, embaixador dos EUA, e Adam Abdelmoula, coordenador da ONU, condenaram o ataque e pediram proteção aos civis.

Testemunhas descreveram cenas de caos e desespero, com corpos espalhados e fumaça densa. O governo sírio promete mobilizar forças para capturar os responsáveis, enquanto Ahmed al-Sharaa enfatiza a importância da unidade nacional.

Os cristãos no país, preocupados com a segurança e seu futuro, somavam mais de 1,5 milhão antes da guerra civil; agora, estimam-se cerca de 400 mil.

A comunidade religiosa se organizou para funerais e medidas de segurança, destacando a sensação de medo que permeia a região. O Patriarcado Ortodoxo Grego pediu responsabilização pelas violações às igrejas.

Apesar das tentativas do governo de controlar a violência sectária, o cenário continua tenso, com exemplos de confrontos entre comunidades diversas. Especialistas alertam para a falta de um processo de justiça que possa facilitar a reconciliação nacional.

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