Atividade econômica, gastos em alta, guerra tarifária e tensões no Oriente Médio: veja porquê o BC subiu juro e impacto nas aplicações
Banco Central eleva a Selic para 15% ao ano, o maior índice em duas décadas. Decisão visa conter a inflação e responde à resiliência da atividade econômica e instabilidades externas.
Copom aumentou a taxa de juros de 14,75% para 15% ao ano, o maior patamar em 20 anos, surpreendendo o mercado.
O Banco Central indicou que o juros permanecerá alto por um período prolongado.
A expectativa era de que o ciclo de alta da Selic, iniciado em setembro do ano passado, fosse interrompido.
O juro real brasileiro subiu e agora ocupa a segunda posição mundial, segundo o MoneYou.
O BC quer atingir a meta de inflação de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual.
Motivos para a decisão do Copom:
- Atividade econômica aquecida, mas desacelerando.
- Altas de gastos públicos.
- Conflitos no Oriente Médio e políticas comerciais dos EUA.
Citações do Banco Central sobre a situação atual:
"A inflação cheia e medidas subjacentes ainda estão acima da meta" e "Atividade econômica apresenta moderado crescimento." (BC).
Opiniões de economistas:
- Carlos Braga Monteiro: "Resposta firmada ao quadro inflacionário e instabilidade externa."
- Rafaela Vitoria: "Incertezas na política fiscal e projeções de inflação elevadas."
- Fabricio Echeverria: "Incerteza global e tensões geopolíticas contribuíram para a decisão."
Impacto nas aplicações financeiras:
- Renda fixa se torna mais atraente em comparação ao mercado acionário.
- Possível valorização do real frente ao dólar.
Economistas destacam que a renda fixa oferece boas oportunidades, com CDBs e títulos públicos apresentando taxas elevadas.
Expectativa de clareza sobre os próximos passos do Copom será definida na próxima ata.