Atividade econômica tem primeira retração do ano em maio, mostra BC
Economia brasileira registra primeira contração em 2023, com recuo de 0,7% no IBC-Br. Setores da agropecuária e indústria contribuem para o desempenho abaixo do esperado em meio a políticas monetárias restritivas.
Atividade econômica brasileiraBanco Central, divulgados na segunda-feira (14).
O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica) retraiu 0,7% em maio, em comparação com abril, resultando pior que a expectativa de estabilidade prevista pela Reuters.
Na comparação anual, o IBC-Br apresentou alta de 3,2%. No acumulado de 12 meses, o ganho foi de 4%.
A abertura dos dados mostrou:
- Agropecuária: queda de 4,2%
- Indústria: recuo de 0,5%
- Serviços: estagnados, exceto uma alta de 0,1%
- Excluindo agropecuária, o IBC-Br teve recuo de 0,3%
Dados do IBGE mostraram que a produção industrial contraiu 0,5% e as vendas no varejo caíram 0,2%.
No último encontro, o BC aumentou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, atingindo 15% ao ano, e indicou perspectiva de manutenção dessa taxa por um longo período.
Apesar da desaceleração econômica projetada, o Ministério da Fazenda revisou a previsões de crescimento para 2,5% este ano, com desaceleração marginal aguardada em 2026.
Essas projeções não consideram potenciais efeitos do aumento das tarifas pelos Estados Unidos, que podem subir de 10% para 50%, anunciados recentemente.
A pesquisa Focus do Banco Central indica expectativa de crescimento do PIB de 2,23% em 2025 e 1,89% em 2026.
O IBC-Br combina dados representativos da agropecuária, indústria, serviços e impostos sobre a produção.