Ativista brasileiro da Flotilha da Liberdade denuncia prisão ilegal em Israel ao chegar ao país
Thiago Ávila foi deportado junto a outros ativistas após tentarem entregar ajuda humanitária na Faixa de Gaza. O grupo denuncia a ação como ilegal e caracteriza a detenção como uma violação dos direitos humanos.
Ativista brasileiro Thiago Ávila chegou ao Brasil na manhã desta sexta-feira (13) após ser detido e deportado de Israel. Ele estava a bordo do veleiro “Madleen” com o grupo pró-Palestina Flotilha da Liberdade, tentando entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
O barco foi interceptado por militares israelenses em águas internacionais. Ao desembarcar no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, Ávila foi recebido por familiares e apoiadores. Ele relatou: “Eles ameaçaram me colocar em isolamento total”.
Os ativistas consideram a detenção ilegal, afirmando que levavam alimentos, medicamentos e próteses. Ávila denunciou a situação, dizendo que foram impedidos "por um Estado que há oito décadas pratica racismo e limpeza étnica".
Durante os dois dias em que ficou preso em Israel, Ávila ficou em solitária após recusar assinar a deportação. Ele fez greve de fome para protestar contra a prisão, considerada ilegal, e foi representado por advogados do grupo.
A Flotilha da Liberdade inclui também a ativista sueca Greta Thunberg, deportada anteriormente. Ela anunciou que o grupo foi sequestrado por Israel em águas internacionais e denunciou o bloqueio imposto à Faixa de Gaza.
O governo israelense criticou o grupo, chamando a ação de um “golpe de *relações públicas*” e condenando a postura midiática dos ativistas.