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Ativista da Venezuela solta após pressão não pode dar entrevistas ou ir a atos e ficou dias incomunicável

Martha Lía Grajales, detida por quatro dias e processada na Venezuela, enfrenta restrições severas após sua liberação. Sua prisão e as acusações refletem um padrão de repressão a ativistas e opositores do regime de Maduro.

Martha Lía Grajales, advogada e ativista, foi presa na Venezuela por quatro dias e agora enfrenta um processo por incitação ao ódio. Ela está proibida de conceder entrevistas, participar de eventos públicos e sair do país.

Fundadora da ONG SurGentes, Martha foi detida em 8 de agosto após participar de uma manifestação pela libertação de presos políticos. Libertada em 12 de agosto, ela deve se apresentar aos tribunais a cada 30 dias.

A pressão pela sua soltura incluiu o Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU e repercussão na imprensa. Seu marido, Antonio González, também ativista, revela detalhes da prisão:

  • Martha foi interceptada por policiais e levada à força.
  • Desaparecimento forçado: não pôde se comunicar com a família ou advogado.
  • Informações sobre sua detenção só foram reveladas três dias após a prisão.

A ordem de captura possivelmente se deve à sua participação em um protesto de Mães em Defesa da Verdade, onde seu documento foi roubado. Antonio acredita que a inocência dependerá da pressão nacional e internacional.

O processo judicial é criticado por vícios e ausência de garantias. Para a ONG Provea, muitos detidos enfrentam abusos semelhantes, como detenção arbitrária e isolamento.

Atualmente, a ONG Foro Penal relata 808 presos políticos na Venezuela, resultado de manifestações pós-eleitorais que deixaram 28 mortos e mais de 2.400 presos.

Martha, nascida na Colômbia e residente na Venezuela há mais de 10 anos, distanciou-se do governo de Nicolás Maduro após reconhecer padrões de repressão. Ela e Antonio têm um filho de 13 anos e continuam denunciando abusos de direitos humanos.

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