Ativistas de Taiwan acusam políticos de maior partido da ilha de facilitar esforços de unificação da China
Ativistas taiwaneses temem que a influência da China aumente na ilha, mesmo após derrotas políticas significativas. A líder comunitária Chen Ru-fen destaca a necessidade de resistência e mobilização diante da crescente pressão de Pequim.
A vida de Chen Ru-fen mudou drasticamente; a investidora anjo deixou as salas de reuniões para campanhas de resgate de Taiwan contra anexação chinesa.
Após uma derrota em um referendo que não destituiu nenhum legislador do KMT, maior partido no parlamento, Chen expressa que a luta pela soberania e liberdade de Taiwan deve continuar.
O Partido Comunista Chinês (PCC), sob o líder Xi Jinping, está intensificando tentativas de anexar Taiwan, tanto por invasão militar quanto por métodos internos, minando a democracia através de laços culturais e econômicos.
Desde a vitória do Partido Democrático Progressista (PDP) em 2016, o PCC tenta conquistar aliados no território, levando à fragmentação da identidade nacional de Taiwan. Embora muitos taiwaneses rejeitem a unificação com a China, a pressão de Pequim tem causado divisões internas.
Pessoas como Shelly Hsu veem a derrota no referendo como um alerta existencial para Taiwan. Para ela, o KMT é comparado a uma quinta-coluna do PCC, apesar das negações do partido.
As táticas do PCC envolvem sedução e coerção, fomentando divisões internas e aprovando leis que restringem a defesa militar de Taiwan contra a China. Os esforçar-se para minar a democraticidade da ilha preocupa muitos.
Além do controle econômico e social, a desinformação e campanhas de influência são táticas usadas pelo PCC, que visam influenciar a política e os eleitores taiwaneses.
O atual governo do PDP, sob Lai Ching-te, enfrenta críticas por não unir a nação e por sua comparação de metáforas com o processo de forjar ferro, o que pode alienar segmentos da população com laços culturais à China.
O debate interno esquentou, com o KMT e PDP se acusando mutuamente de traidores. Enquanto alguns esperam que Taiwan se una e responda à influência chinesa, Chen e outros ativistas planejam se candidatar a cargos eletivos locais para fortalecer a resistência.
"É hora de nós, cidadãos, tomarmos isso em nossas próprias mãos", conclui Chen.