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Ativos da América Latina: vencedores improváveis com a guerra comercial de Trump?

A América Latina se destaca como uma opção atrativa para investidores em meio à volatilidade dos mercados dos EUA, com desempenho positivo em ações e moedas. Essa mudança ocorre enquanto os investidores reavaliam suas expectativas sobre o comércio global e buscam diversificação em ativos emergentes.

Ações e títulos latino-americanos podem se destacar, enquanto a guerra comercial do governo Trump impacta negativamente os mercados dos EUA, especialmente o Wall Street. O índice Nasdaq caiu mais de 20% em relação ao seu recorde, enquanto o dólar atingiu sua menor cotação em seis meses.

A América Latina foi poupada de tarifas adicionais anunciadas por Trump, com a região mantendo um déficit comercial com os EUA. O índice MSCI Latam está superando o S&P 500 por 20 pontos percentuais este ano.

De acordo com Kathryn Exum, da Gramercy, a mudança no comércio global pode atrair novos investidores para a América Latina, especialmente com uma reorganização do comércio global.

Brasil e México, as maiores economias da região, têm apresentado bom desempenho no mercado de ações e em suas moedas. Economistas afirmam que o Brasil está bem posicionado para lidar com tarifas, enquanto o México deve continuar a receber tratamento preferencial dos EUA.

O realinhamento das expectativas de crescimento global está provocando uma diversificação nos investimentos, com ativos emergentes apresentando desempenho superior durante a volatilidade. No entanto, as vendas recentes no mercado, causadas por tarifas impostas pela China, lembram que todos podem ser afetados por uma possível recessão global.

Apesar das vantagens, a capitalização de mercado da América Latina é modesta em comparação aos EUA, sendo um fator limitante para novos investimentos. Além disso, desafios internos e condições financeiras mais restritivas podem impactar negativamente a região.

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