Atuação de Rússia e China fizeram Trump repensar ataque ao Irã, diz Hussein Kahlout
Trump reavalia suas opções de ataque ao Irã em meio a pressões de Rússia e China. Especialistas sugerem que a situação se tornou mais complexa, exigindo diplomacia e cautela para evitar um conflito prolongado.
Donald Trump, presidente dos EUA, inicialmente decidiu por um ataque ao Irã, mas recuou e agora deve decidir em até duas semanas.
Trump ameaçou o líder iraniano, Ali Khamenei, mas a postura mudou após movimentações de Rússia e China, que fortalecem a posição do Irã.
Hussein Kahlout, pesquisador da Harvard e do Cebri, analisa que a mobilização russa e chinesa pode ter levado Trump a reconsiderar, evitando uma guerra de desgaste. O Irã é visto como importante fornecedor de *drones* para a Rússia e petróleo para a China.
As negociações devem ampliar o diálogo europeu com o Irã, enquanto o Irã pode ceder, entregando 400 kg de urânio sob garantias em uma negociação vantajosa.
Impactos das ações israelenses: Israel atingiu objetivos estratégicos, danificando o programa nuclear iraniano. Contudo, o fechamento do estreito de Hormuz pode severamente impactar a economia global.
Ambos os lados estão limitados em recursos: Irã é seletivo em seus lançamentos, enquanto Israel pode ter escassez de suporte aéreo em breve.
O regime iraniano mantém suporte considerável da população, apesar da oposição. Em contrapartida, Israel enfrenta críticas internas em relação às ações do governo Netanyahu.
Reunião do Brics em julho: O fórum deve debater soluções para o conflito, com Rússia e China interessadas na questão.
Por fim, a percepção de que Israel gera instabilidade na região preocupa países como Egito e Arábia Saudita, levando-os a se afastar de Israel. A situação é volátil e complexa.