Auditores fiscais estendem faixa que pede demissão de Barreirinhas
Auditores fiscais protestam por demissão do secretário da Receita Federal e reivindicam melhorias salariais. A greve pode atrasar reformas tributárias e operações de fiscalização em andamento.
Auditores fiscais protestaram no Ministério da Fazenda nesta quarta-feira (14.mai.2025), exigindo a demissão do secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas. A greve atual pode prejudicar a reforma tributária e atrasar operações de busca e apreensão e auditorias.
No dia 8 de maio, foi reportado que 97,7% dos auditores aprovaram uma moção de desconfiança contra Barreirinhas, citando descumprimento de acordos e tentativa de penalizar bônus de produtividade.
Além dos auditores, 14 coordenadores da Cosit pediram demissão em 9 de maio, o que deve impactar a implementação da reforma tributária e auditorias fiscais.
A Associação Audita revelou que esta é a segunda vez que delegados de todas as regiões do país participam da greve, que começou em 26 de novembro de 2024. A mobilização ganhou força com a adesão massiva de chefias, marcando um ponto raro na história do órgão.
O Sindifisco Nacional destacou que a greve afeta operações de combate à lavagem de dinheiro, com 80 auditores das equipes de fraude fiscal se recusando a participar de operações de busca. A Audita critica uma retaliação ilegal e pede a renovação na gestão da Receita.
O movimento conta com o apoio do Sindsep-DF e busca no Congresso a implementação de um mandato fixo para gestores da Receita, visando melhorar a situação interna e a técnica da instituição.
Os auditores também exigem reajuste salarial, criticando alterações no bônus de eficiência que foram feitas sem diálogo. O Sindifisco alegou que o governo não cumpriu acordos de negociação de 2024.
A categoria recebeu um reajuste de 9% em 2023, mas enfrenta uma perda salarial acumulada de 28% desde 2016 por causa da inflação. A tensão aumentou após decisões do Comitê Gestor que reduzem a remuneração dos funcionários.
Os auditores pedem diálogo imediato com o Ministério da Fazenda, afirmando que houve descumprimento de acordos salariais e ausência de reajuste em 2025.