HOME FEEDBACK

Aumenta pressão para plano de saída de combustível fóssil

Negociadores enfrentam desafios climáticos em Bonn, com pressão crescente por ações concretas na COP30. Cientistas alertam sobre a urgência de cortar emissões para evitar a superação do aquecimento global acima de 1,5°C.

Pré-COP em Bonn: Durante as últimas duas semanas, negociadores da Convenção do Clima da ONU reuniram-se na Alemanha para discutir os desafios para a COP30, que ocorrerá em Belém em novembro.

Desafios Climáticos: O encontro destacou os impasses sobre financiamento climático e protestos contra a exploração de combustíveis fósseis. Um relatório do Indicators of Global Climate Change apontou que é improvável manter o aquecimento global abaixo de 1,5 °C, meta do Acordo de Paris.

Orçamento de Carbono: O orçamento de carbono poderá ser esgotado em três anos sem a redução das emissões de gases de efeito estufa. Para limitar o aquecimento, é necessário reduzir as emissões globais em ao menos 48% até 2030.

Pressão sobre o Brasil: O Brasil, como anfitrião da COP30, recebeu uma carta de mais de 250 cientistas pedindo um plano de eliminação de combustíveis fósseis. Este documento destaca a necessidade urgente de ação contra as mudanças climáticas.

Perfil de Emissões: O Brasil, quinto maior emissor global, tem uma matriz de emissões diferente, com 37% provenientes da agropecuária e 24% do setor de energia. As emissões precisam ser reduzidas entre 59% e 67% até 2035.

Transição Energética: Especialistas destacam que o Brasil possui uma base sólida para a descarbonização, com mais de 80% de energia renovável em sua matriz elétrica. A COP30 está promovendo coalizões para acelerar essa transição em vários setores.

Desafios de Implementação: As barreiras à eliminação dos combustíveis fósseis são significativas, apesar dos custos da inação, que podem chegar a US$ 20 trilhões até 2040.

Pressão e Protestos: Durante a pré-COP, houve protestos contra a exploração de petróleo na Amazônia, com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira questionando a legalidade do leilão de blocos de petróleo na região.

Resposta do Governo: O Ministério de Minas e Energia negou ameaças a terras indígenas e defendeu a legalidade do leilão, enfatizando a distância dos blocos arrematados de áreas habitadas por indígenas.

Leia mais em valoreconomico