Aumentar juros não vai fazer chover, diz Alckmin sobre alimentos
Alckmin defende alteração na metodologia de cálculo da inflação para excluir alimentos e combustíveis, visando uma gestão mais eficaz da taxa Selic. O vice-presidente acredita que a medida ajudaria a evitar o aumento de juros em resposta a fatores climáticos que impactam os preços.
Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Mdic, propôs a exclusão de alimentos e combustíveis do indicador de inflação em 24 de março de 2025. Ele argumentou que, em situações de seca, subir juros não resolverá a volatilidade dos preços dos alimentos.
A proposta foi apresentada durante o evento “Rumos 2025”, em São Paulo. Alckmin acredita que a medida poderia permitir ajustes na taxa Selic sem depender de fatores climáticos.
Em 2024, a inflação de alimentos no Brasil foi a 4ª maior entre os países latino-americanos, atrás apenas de Argentina, Venezuela e Bolívia, conforme dados da agência de classificação de risco Austin Rating.
O vice-presidente mencionou que é essencial considerar o impacto dos juros na dívida pública e sugeriu diversas medidas para combater a inflação de alimentos:
- Valorização do câmbio
- Aumento de 10% na safra deste ano
- Utilização de estoques regulatórios pela Conab
- Redução do imposto de importação de alguns alimentos
Alckmin também observou que o governo federal não impõe tributos sobre a cesta básica, embora alguns estados cobrem ICMS.
Para mais informações, confira a reportagem do Poder360 sobre o que é inflação.