Aumento da faixa de isenção e reforma do Imposto de Renda: compare as propostas de Bolsonaro e Lula

Propostas de reforma do Imposto de Renda de Lula e Bolsonaro são comparadas em detalhes, abordando faixas de isenção e tributação dos mais ricos. A discussão no Congresso promete ser complexa e impactar a renda de milhões de brasileiros.

Reforma do Imposto de Renda é o tema em discussão com propostas de Lula e Bolsonaro.

A equipe de Lula apresentou, na semana passada, uma proposta de reforma do Imposto de Renda ao Congresso Nacional. A previsão é que as mudanças comecem a valer em 2026.

A proposta de Bolsonaro, aprovada em 2021 na Câmara, não avançou no Senado. Ambas as propostas ampliação da faixa de isenção. Veja as comparações:

Bolsonaro: isenção de R$ 2,5 mil (de R$ 1.903,98), estimando isenção para 5,6 milhões de pessoas.
Lula: isenção de R$ 5 mil, com 10 milhões de trabalhadores isentos até 2026.

Tributação dos ricos:

Bolsonaro: taxar lucros e dividendos em 20% na fonte para rendimentos acima de R$ 20 mil.
Lula: taxação para rendas superiores a R$ 50 mil, com alíquotas que vão até 10%.

IR das empresas:

Bolsonaro: proposta de redução do IR das empresas de 15% para 10%.
Lula: não contempla redução, mas propõe aumento de 15% para 20% no IR sobre Juros sobre Capital Próprio.

Investimentos financeiros:

Bolsonaro: unificação da alíquota de 15% para renda fixa e variável.
Lula: manteve as alíquotas atuais e já aprovou a tributação de fundos exclusivos.

Outros pontos importantes:

Não foram propostas mudanças na taxação progressiva nem nas deduções que afetam as camadas mais ricas.
O custo de deduções no IR continuou a beneficiar as classes altas, com bilhões em renúncias fiscais.

Ainda há muitos aspectos da reforma que não foram abordados por ambos os governos, revelando a complexidade do tema e a necessidade de um debate mais amplo.