Aumento da isenção do IR é a primeira reforma significativa sobre a renda, diz Haddad
Projeto de lei visa aumentar isenção do Imposto de Renda e promete reduzir desigualdades no Brasil. Proposta, uma promessa de campanha do presidente Lula, precisa ser aprovada pelo Congresso antes de entrar em vigor em 2026.
Governo federal envia projeto de lei ao Congresso para aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil, com validade a partir de 2026.
Durante evento no Palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a proposta é a primeira reforma tributária significativa voltada à renda no Brasil.
A medida, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, visa aliviar a carga tributária de brasileiros com rendimentos mensais de até R$ 5.000, um grupo marginalizado em termos de isenção. A proposta ainda precisa ser debatida no Congresso.
Haddad destacou que o Brasil, embora seja uma das maiores economias do mundo, também está entre as dez nações mais desiguais, devido a um sistema tributário que beneficia os mais ricos.
A reforma representa um passo gigantesco para corrigir distorções, segundo o ministro. Ele também mencionou a recente aprovação da reforma tributária sobre o consumo, que desonerará investimentos e exportações.
Haddad reafirmou que a nova proposta redistribuirá a carga tributária, aumentando a contribuição dos 0,2% mais ricos que pagam pouco ou nada de imposto, enquanto trabalhadores de menor renda pagam proporcionalmente mais.
Além disso, a equipe econômica propôs aumento da tributação para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano, com alíquotas progressivas até R$ 1 milhão.
“É um projeto equilibrado do ponto de vista fiscal”, concluiu Haddad, destacando que o objetivo é fazer justiça tributária.