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‘Aumento do salário mínimo neste momento é inviável’, diz Arminio Fraga

Arminio Fraga propõe que o salário mínimo permaneça sem aumento real por seis anos para garantir ajustes fiscais. Ele argumenta que essa medida poderia aliviar a pressão sobre as contas públicas e permitir uma redução significativa dos juros.

Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, propôs ajuste fiscal polêmico: manter o salário mínimo de R$ 1.518 sem aumento real por seis anos, apenas com reajuste pela inflação.

Essa medida deve gerar uma economia de 1% do PIB ao final do período, conforme Fraga. O atual teto de aumento do salário mínimo é de até 2,5% acima da inflação.

Fraga argumenta que um ajuste fiscal forte de 3% do PIB é necessário, considerando a taxa de juro básica de cerca de 7% reais. Ele sugere que a proposta de limitar o aumento do salário mínimo poderia ser uma solução viável, especialmente em uma situação política difícil.

Ele destaca que gastos vinculados ao salário mínimo, como Previdência e segurança, diminuiriam. Além disso, propõe cortes em gastos tributários regressivos, o que poderia ser um passo rumo à justiça fiscal.

Fraga reconhece que a ideia de pausar o aumento do salário mínimo pode ser politicamente sensível, mas acredita que é fundamental para a sustentabilidade econômica. Ele sugere que esta pausa poderia reduzir a informalidade no mercado de trabalho.

Em relação ao impacto maior, a economia no curto prazo seria relevante, mas ele enfatiza que uma reforma da Previdência mais completa é inevitável.

Fraga propõe um ajuste mais simples do que uma reforma previdenciária, e acredita que mudanças no gasto tributário poderiam ser feitas sem necessidade de alterações constitucionais complicadas.

Em síntese, Fraga reivindica um ajuste fiscal que restrinja aumentos salariais e corte de despesas não essenciais, garantindo, assim, mais recursos para saúde e educação, que ele considera fundamentais.

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