Aumento nas vendas de dívida de mercados emergentes desafia instabilidade global
Venda de títulos de dívida de mercados emergentes dispara, atingindo volumes recordes no primeiro semestre de 2025. Investidores demonstram crescente apetite por oportunidades em meio a instabilidades globais, com foco em diversificação e ativos mais seguros.
Vendas de títulos de dívida de mercados emergentes aumentaram no primeiro semestre de 2025, apesar de tensões tarifárias, conflitos armados e oscilações nos preços do petróleo.
O valor das emissões ultrapassou US$ 190 bilhões, com potencial para superar o recorde do ano anterior, de US$ 285 bilhões.
Segundo Stefan Weiler, do JPMorgan, os investidores estão ansiosos para aplicar no mercado primário, especialmente se os preços do petróleo caírem.
A Arábia Saudita liderou a emissão, representando mais de 40% da dívida na região CEEMEA. Emissões do Oriente Médio somaram US$ 106 bilhões até agora.
A instabilidade geopolítica impulsionou a demanda, tornando os investidores mais receptivos a títulos de empresas de defesa. A empresa tcheca CSG, por exemplo, dobrou sua emissão para 1 bilhão de euros e US$ 1 bilhão.
Embora a maior parte das emissões seja de refinanciamento, novas instituições, como a Maaden e a Azul Energy, emergiram com ofertas de US$ 1,25 bilhão e US$ 1,2 bilhão, respectivamente.
Além disso, há uma diversificação de moedas, com mais governos recorrendo ao euro em vez do dólar. As emissões de 30 anos caíram, enquanto transações de três anos se tornaram mais comuns.
O crescimento robusto das emissões reflete um forte interesse dos investidores em ativos de mercados emergentes.