Austrália acelera gastos com defesa para conter pressão da China

A Austrália anunciou a aceleração de seus gastos com defesa em 1 bilhão de dólares australianos (US$ 628,6 milhões), conforme o orçamento anual divulgado em 25 de outubro. Essa decisão é em resposta à crescente assertividade militar da China e à pressão dos Estados Unidos para aumentar investimentos defensivos.

Apesar do aumento, analistas considera-o modesto e insuficiente para as crescentes demandas de segurança. O governo trabalhista anunciou um total de 10,6 bilhões de dólares australianos em gastos de defesa para os próximos quatro anos, antecipando 1 bilhão do orçamento de 2028-2029 para 2026-2028.

Atualmente, os gastos com defesa representam 2,17% do PIB australiano, com previsão de 59 bilhões de dólares australianos no próximo ano, cerca de 2,27% do PIB. O ministro da Defesa, Richard Marles, descreveu o aumento de 50,3 bilhões como "o maior desde o fim da Segunda Guerra Mundial".

A antecipação de 1 bilhão será usada para modernizar a base naval HMAS Stirling e melhorar capacidades de fabricação de mísseis. Porém, especialistas como Malcolm Davis criticam a medida como "muito pouco, muito tarde", alertando para riscos de guerra na região.

O ministro da Fazenda, Jim Chalmers, reconheceu os perigos globais, mas defendeu o aumento gradual, que elevou o percentual de gastos de 2% para 2,3% ao longo da próxima década. A necessidade de um reforço nos gastos com defesa foi reforçada por especialistas como Alex Luck, especialmente em resposta à cresce percepção de ameaça da China.

O primeiro-ministro, Anthony Albanese, respondeu críticas dos EUA, afirmando que a Austrália define seus próprios interesses e está implementando recursos adicionais para defesa. Especialistas sugerem que 3% do PIB é uma meta alcançável no futuro, especialmente com os custos da aliança militar AUKUS.