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Austrália mostra força do efeito anti-Trump mesmo longe dos EUA

A vitória do Partido Trabalhista na Austrália reflete uma crescente rejeição ao apoio de Donald Trump por candidatos da centro-direita. A distância geográfica e as diferenças culturais podem amplificar o impacto negativo da imagem do ex-presidente americano nas eleições estrangeiras.

Vitória do Partido Trabalhista da Austrália, liderado por Anthony Albanese, sobre a coalizão Liberal-Nacional neste sábado (3. mai. 2025), evidencia o impacto negativo que o presidente dos EUA, Donald Trump, pode ter em candidatos internacionais alinhados a ele.

Esse resultado se soma à recente vitória do Partido Liberal do Canadá (28. abr), mas as eleições australianas destacam a influência da percepção anti-Trump.

Distância dos EUA é um fator crucial: a Austrália está a 14.231 km, enquanto o Canadá, com uma fronteira de 8.891 km, tem laços culturais mais próximos.

  • Canadenses se sentiram traídos por Trump, que até sugeriu a anexação do Canadá.
  • Mark Carney, primeiro-ministro do Canadá, usou “Canadá forte” em oposição ao lema de Poilievre.

Embora muitos minimizem as declarações de Trump, elas têm repercussão negativa. A Austrália, por sua vez, vê sua vulnerabilidade em relação à China crescer, a segunda maior economia global.

A China pode se beneficiar das políticas tarifárias de Trump, explorando o fortalecimento do seu nacionalismo em contraposição aos EUA.

Embora a vitória na Austrália não permita avaliar a extensão do efeito anti-Trump globalmente, Portugal testará isso em 18 de maio com eleições em que Luís Montenegro (centro-direita) poderá enfrentar dificuldades.

Se partidos de direita vencerem, isso poderá enfraquecer a tese anti-Trump.

A ausência de apoio de Trump pode gerar frustração entre os candidatos que esperavam benefícios dessa proximidade. A dificuldade reside no fato de que Trump não demonstra preocupação com a má imagem que sua postura pode causar.

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