Austrália repete Canadá, reage a Trump e esquerda pode vencer
As eleições de 2025 na Austrália marcam uma disputa acirrada entre o Partido Trabalhista e a coalizão Liberal-Nacional. A rejeição às políticas de Donald Trump pode influenciar decisivamente o resultado, especialmente entre a comunidade sino-australiana.
A eleição na Austrália acontece neste sábado (3.mai.2025), onde os cidadãos escolherão o novo parlamento. As principais forças são o Partido Trabalhista (esquerda) e a coalizão Liberal-Nacional (centro-direita), com ligeira vantagem para os trabalhistas, no poder desde 2022.
A liderança dos trabalhistas pode ser atribuída ao impacto de Donald Trump, presidente dos EUA, cujas políticas geram rejeição e podem favorecer a esquerda australiano. Em fevereiro, os trabalhistas estavam em desvantagem nas pesquisas, mas agora lideram.
O The Guardian aponta que a coalizão Liberal-Nacional teve vantagem nas pesquisas em março de 2024 e em janeiro de 2025. O caso é comparável ao do Canadá, onde Justin Trudeau também perdeu apoio em circunstâncias semelhantes.
As tarifas unilaterais de Trump impactaram as economias do Canadá e da Austrália. O apoio da comunidade chinesa na Austrália, que representa 5,5% da população, será crucial. O atual primeiro-ministro Anthony Albanese e seu oponente Peter Dutton buscam conquistar esses votos.
A ministra Penny Wong, do Partido Trabalhista, tem feito campanha para atrair apoio dos sino-australianos, reforçando sua ascendência chinesa. Em contrapartida, Dutton enfrenta desafios devido ao seu alinhamento com Trump.
Uma vitória trabalhista, especialmente com o apoio da comunidade chinesa, seria simbólica, dado o histórico de alianças militares da Austrália com os EUA. A eleição pode sinalizar uma mudança na postura do país frente à China.