Automóveis, vinho e cosméticos são alguns dos produtos europeus mais ameaçados pelas tarifas dos EUA
Sobretaxas de 30% podem desencadear crise em setores-chave da economia europeia, afetando produtos como automóveis e vinhos. A medida, anunciada por Donald Trump, visa reequilibrar as relações comerciais entre EUA e UE.
Produtos da economia europeia enfrentam riscos altos com sobretaxas de 30%
Desde o 12 de agosto, os EUA, liderados pelo presidente Donald Trump, anunciaram novas tarifas, justificadas por desequilíbrios comerciais entre a Europa e os Estados Unidos.
A relação comercial representa 30% do comércio mundial, com mais de 1.680 bilhões de euros em 2024.
- Setores afetados: veículos, aviões, vinhos e bolsas de luxo.
- Os produtos farmacêuticos ficam isentos por enquanto, com 22,5% de exportações da Europa para os EUA.
- A indústria automobilística europeia, em 2024, exportou 750 mil veículos para os EUA, representando 23% do faturamento da Mercedes.
As atuais tarifas de 25% sobre alumínio e aço já impactam o setor aeronáutico, além de 10% adicionais sobre aviões.
Reações do setor de luxo:
- LVMH: 25% de suas vendas são nos EUA. Bernard Arnault sugere uma zona de livre comércio.
- Hermès: compensou tarifas anteriores, mas 30% representa um desafio maior.
- L'Oréal: 38% de seu faturamento é nos EUA; considera realocar produção local.
O sindicato agrícola italiano, Coldiretti, alerta sobre o impacto das tarifas nos preços de alimentos Made in Italy, estimando aumentos significativos.
A França vê os EUA como seu principal mercado de vinhos, gerando 3,8 bilhões de euros em 2024, e teme uma catástrofe para o setor de vinhos e licores.
O diretor do sindicato FNSEA pede à Comissão Europeia que não ceda nas negociações com os EUA.