Autoridade de alto escalão da UE diz que crise em Gaza 'parece muito' genocídio
Comissária da UE muda discurso sobre Gaza e menciona genocídio. A declaração representa uma nova postura da Comissão frente à grave crise humanitária na região.
Pela primeira vez, uma comissária da União Europeia (UE) comparou o deslocamento e os assassinatos em Gaza a genocídio. A declaração representa um rompimento com a posição da UE sobre o conflito.
Teresa Ribera, vice-presidente da Comissão Europeia, afirmou ao “Politico”: "Se não é genocídio, parece muito com a definição usada para expressar seu significado."
Israel rejeitou as acusações de genocídio e a missão israelense na UE não se manifestou. Ribera, que não é responsável pela política externa da UE, observou: "O que estamos vendo é uma população concreta sendo alvo, morta e condenada à fome."
Até agora, a Comissão Europeia se limitou a acusar Israel de violar direitos humanos em Gaza, sem mencionar genocídio. Na semana passada, a Comissão propôs restrições ao acesso israelense ao seu programa de financiamento de pesquisa, em resposta a pedidos de países da UE.
A proposta ressalta que Israel violou uma cláusula de direitos humanos em um acordo com a UE. O documento afirma: "Israel está violando os direitos humanos e o direito humanitário."
Israel também reagiu a um caso movido pela África do Sul no Tribunal Internacional de Justiça, chamando a ação de "ultrajante".