Autoridades do setor aéreo já estudam mercado de aviação sem a Voepass
Especialistas indicam baixas chances de recuperação da Voepass Linhas Aéreas, com dúvidas sobre sua operação regular no setor. Governo já discute a redistribuição dos slots da companhia devido às suas dificuldades financeiras e operacionais.
Possibilidade de recuperação da Voepass é mínima
Autoridades do setor aéreo duvidam que a Voepass Linhas Aéreas consiga retomar operações regulares, enfrentando dificuldades operacionais, financeiras e de confiança dos passageiros.
Discussões já começaram internamente no governo sobre a distribuição dos slots da companhia, que possui seis aeronaves e atendia 15 localidades. Entre os aeroportos com slots valiosos estão Congonhas e Guarulhos (SP), e Fernando de Noronha (PE).
A suspensão das operações afetou mais de 30 mil bilhetes, principalmente adquiridos pela Latam. A Anac e o Ministério de Portos e Aeroportos mantêm discrição sobre o tema.
A Voepass destacou que está trabalhando para retomar suas operações o mais breve possível, mas acumula R$ 215 milhões em dívidas. A companhia obteve proteção judicial contra arresto de aeronaves e cobrança de credores.
Fundada em 1995, a Voepass (anteriormente Passaredo) é a quatrième companhia aérea do Brasil, ficando atrás de Azul, Latam e Gol.
Após um acidente aéreo em 2022, onde 62 pessoas morreram, a Anac impôs fiscalização assistida e exigiu redução da malha, aumento do tempo de manutenção e troca de administradores.
Recentes auditorias indicaram degradação na eficiência da gestão e descumprimento das exigências da Anac, levando a uma crescente preocupação quanto à segurança da operação da companhia.