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Avanço da IA nos EUA pressiona países na corrida tecnológica

Flexibilização das normas sobre inteligência artificial nos EUA cria uma vantagem competitiva para empresas americanas e gera tensões com outros países. Especialistas apontam que a postura atual de Trump pode ser vista como um neocolonialismo digital, desafiando a soberania e a regulamentação internacional da tecnologia.

Flexibilização das regras de IA nos EUA pode favorecer empresas americanos e pressionar outros países, segundo especialistas no Mobile World Congress em Barcelona.

O presidente Donald Trump revogou medidas de segurança sobre IA, buscando colocar os EUA como líder nessa tecnologia. Ele ameaçou sancionar países que restrinjam empresas americanas, um alerta à União Europeia, que impôs leis sobre big techs.

José Ignacio Torreblanca, do Conselho Europeu de Relações Exteriores, criticou o que chamou de “neocolonialismo digital”, onde os EUA exigem aceitação de sua legislação sob pena de consequências. Ele defendeu que a Europa deve buscar parcerias com o Hemisfério Sul.

O Brasil está a caminho de aprovar o Projeto de Lei 2.338/2023 (Marco da IA), que visa regulamentar a inteligência artificial. O presidente da Telefônica Brasil, Christian Gebara, destacou que a regulamentação deve proteger dados e incentivar inovação.

Durante o evento, Mallory Knodel, da Fundação Web Social, ressaltou a necessidade de padronização na IA para aumentar a segurança global, em contraste à fragmentação atual.

Mark Somol, da Hyacinth AI, previu que a desregulamentação beneficiará empresas americanas, citando a joint venture Stargate que pretende investir até US$ 500 bilhões. Ele defendia que regulamentações excessivas podem prejudicar a inovação.

Somol também criticou o veto dos EUA a tecnologias chinesas, alertando sobre armadilhas criadas pela política de segurança nacional.

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