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Avanço de data centers depende de energia firme, diz estudo

Estudo alerta que Brasil corre o risco de perder relevância na geopolítica digital se não integrar tecnologia e energia firme. Análise propõe que o país priorize a infraestrutura para data centers e alternativas sustentáveis no setor energético.

Novo estudo do IPE propõe mudança na política energética do Brasil devido à digitalização acelerada da economia, impulsionada por inteligência artificial, computação em nuvem e redes em tempo real.

A pesquisa “Energia e Data Centers: a nova fronteira da infraestrutura brasileira” alerta para o risco de o país perder relevância na geopolítica digital sem integrar avanços tecnológicos às fontes de energia firme.

Data centers, essenciais para processar e armazenar dados, são considerados ativos estratégicos em países como EUA, Irlanda, Japão e Índia. No Brasil, falta uma política clara para garantir a energia necessária.

O estudo destaca que, embora o Brasil tenha uma matriz energética limpa (quase 90% de fontes renováveis), a constância no fornecimento é um desafio: “temos energia limpa, mas nem sempre quando é preciso”.

O consumo global de energia por data centers pode dobrar até 2030, chegando a 945 TWh, equivalente ao consumo anual do Japão.

A qualidade do fornecimento de energia é mais crucial que a quantidade, sendo necessária a energia firme, estável e de baixa variação. Fontes intermitentes como energia solar e eólica não são suficientes.

Entre os gargalos identificados, o estudo propõe:

  • Investimento em gás natural como tecnologia de transição.
  • Promoção do biometano e do hidrogênio verde.
  • Tratamento da busca por energia firme como prioridade nacional.

O IPE conclui que o Brasil deve optar por assumir um papel estratégico na economia digital ou continuar a ser apenas um exportador de commodities.

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