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Avanço do crédito privado ‘sobrevive’ a fim de isenção, diz Maílson da Nóbrega

Mercado de capitais se consolida como principal fonte de financiamento para empresas no Brasil, superando o crédito bancário. Economista Maílson da Nóbrega aponta que tendência deve se fortalecer, mas alerta para desafios fiscais e riscos de default.

Crédito privado no Brasil ganha relevância com a Selic em dois dígitos.

Em fevereiro, o estoque de dívida corporativa via mercado de capitais atingiu R$ 2,121 trilhões, superando os R$ 2,108 trilhões em empréstimos via crédito bancário.

O economista e ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega, afirma que essa tendência deve continuar, destacando que o mercado de capitais se tornará a principal fonte de crédito, enquanto os bancos se concentrarão em empréstimos mais curtos.

Ele observa a maturidade do mercado com papéis de duração de 10 e 15 anos, algo impensável há duas décadas.

Com juros elevados, o crédito privado se torna atraente, com emissões de debêntures atingindo R$ 130 bilhões. Maílson destaca a entrada de players institucionais, como family offices, que potencializam o crescimento.

Outro atrativo são as isenções fiscais para debêntures incentivadas, LCIs e LCAs, embora o governo Lula proponha o fim dessas isenções para equilibrar as contas públicas.

Maílson expressa ceticismo quanto ao impacto dessas mudanças, mas defende a previsibilidade nos mercados.

A alta taxa de juros também gera riscos, aumentando a possibilidade de default entre empresas. Ele sugere reformas estruturais para melhorar a economia.

Apesar dos desafios, Maílson se considera otimista sobre a capacidade do Brasil de enfrentar crises futuras.

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