Azevêdo: tarifas de Trump podem ser forma dolorosa de provocar reformulação na OMC
Ex-embaixador da OMC, Roberto Azevêdo, discute como as tarifas de Trump podem impulsionar a modernização da organização. Ele destaca a importância de diversificação comercial para o Brasil em meio a um cenário de crescente protecionismo global.
Tentativa de Trump e a OMC: O presidente dos EUA, Donald Trump, busca “colocar em xeque a ordem internacional” através de novas tarifas, questionando o papel da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Fundação da OMC: A OMC, criada há 30 anos para facilitar o comércio internacional, enfrenta desafios, especialmente com os bloqueios dos EUA às nomeações de juízes para seu tribunal de apelações desde 2019.
Expectativas de Azevêdo: O ex-diretor da OMC, Roberto Azevêdo, vê a política tarifária de Trump como uma possível oportunidade para modernizar as regras da organização, datadas dos anos 80.
Diversificação para o Brasil: Azevêdo sugere que o Brasil deve buscar diversificação nas relações comerciais, especialmente com a Europa, como resposta às novas tarifas americanas.
Relevância da OMC: Apesar das fragilidades atuais, Azevêdo destaca que a OMC se torna mais relevante em tempos de protecionismo, com países reconhecendo o valor de um sistema baseado em regras claras.
Tendências da Globalização: Azevêdo observa um movimento em direção à “autossuficiência” pós-pandemia, mas acredita que a globalização continuará, embora sob novas regras e dinâmicas.
Incertezas Futuras: Azevêdo enfatiza que não é certo que o futuro seja marcado por uma reindustrialização total nos EUA, e que é prematuro afirmar que o mundo está se movendo em direção ao fechamento das fronteiras comerciais.