Azul (AZUL4) desaponta mercado com mais custos e ação despenca 14% após balanço do 1T
A Azul enfrenta uma drástica queda em suas ações após reportar um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,82 bilhão no primeiro trimestre de 2025. Analistas sinalizam descontentamento com os resultados financeiros e as altas despesas operacionais.
Queda das Ações da Azul (AZUL4)
As ações da Azul registram uma forte queda de 14,69%, a R$ 1,22, após o primeiro trimestre de 2025.
No 1T25, a companhia anunciou um prejuízo líquido ajustado de R$ 1,82 bilhão, 5,66 vezes maior que o resultado de R$ 324 milhões de um ano antes.
O desempenho operacional (Ebitda) caiu 29,4%, totalizando R$ 1,38 bilhão, com a margem recuando de 30,3% para 25,7%. A receita líquida subiu 15,3% para R$ 5,39 bilhões, mas o indicador “yield” teve queda de 3,5%.
Sem ajustes, a Azul teve um resultado líquido positivo de R$ 783 milhões, revertendo prejuízo de R$ 1,12 bi de um ano atrás.
A alavancagem financeira da Azul subiu para 5,2 vezes em comparação a 3,7 vezes um ano antes. Ao considerar a conversão de dívidas em ações, a alavancagem poderia ser de 4,4 vezes.
A Azul terminou março com R$ 3,3 bilhões em caixa (queda de 19%) e uma dívida bruta de R$ 34,7 bilhões. Sua frota aumentou para 184 aeronaves.
O JPMorgan avaliou os resultados como negativos, com Ebitda 19% abaixo das projeções. A queda foi atribuída aos custos unitários de 9% acima do esperado.
A liquidez imediata da Azul foi de R$ 2,3 bilhões, uma redução em relação ao R$ 3,1 bilhões do 4T24. A companhia não comentou sobre projeções para 2025.
O Goldman Sachs mantém recomendação neutra com preço-alvo em R$ 4,60, potencial de alta de 222%, mas também mostrou insatisfação com Ebitda 20% abaixo do esperado.
Problemas de desempenho e fornecimento impactaram custos adicionais, afetando a situação financeira da companhia.
(com Reuters)