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Azul: AZUL4 despenca 55% em abril; o que aconteceu e como analistas veem ação?

Azul (AZUL4) enfrenta dificuldades após queda de 55,32% em abril, com analistas apontando riscos financeiros elevados. A companhia tenta reestruturar sua dívida, mas a recente oferta de ações decepcionou investidores e aumentou a diluição acionária.

Ações da Azul (AZUL4) caem 55,32% em abril

As ações da Azul foram o destaque negativo do mês, com uma queda significativa de 55,32%. Essa baixa é atribuída a:

  • Más notícias no setor aéreo;
  • Uma oferta de ações decepcionante;
  • Preocupações sobre a saúde financeira e operacional da empresa.

A oferta visava fortalecer a estrutura financeira, mas arrecadou apenas R$ 1,6 bilhão, muito abaixo do esperado. Danielle Lopes, analista da Nord Research, comentou que a dívida de R$ 11 bilhões da Azul não está em um caminho sustentável.

Entre os principais fatores da desvalorização, destacam-se:

  • Aumento dos custos operacionais;
  • Elevada alavancagem;
  • Percepção de risco em honrar compromissos financeiros.

A analista acredita que a Azul não irá quebrar, mas precisará de apoio externo ou governamental.

A Rico Investimentos destacou que a volatilidade das ações da Azul é acentuada devido ao setor competitivo e altos custos operacionais.

No quarto trimestre de 2024, a dívida líquida atingiu R$ 29,6 bilhões. Em 14 de abril de 2025, a Azul anunciou um aumento de capital visando reestruturação da dívida. A meta era levantar entre R$ 1,6 bilhão e R$ 4,1 bilhões, com o preço de R$ 3,58 por ação.

A expectativa de diluição acionária chegou a 85%, mas após a oferta, a diluição total foi de aproximadamente 61%. O financiamento adicional de R$ 600 milhões foi obtido no final de abril, após a expectativa frustrada com a oferta de ações.

Visão dos analistas de mercado:

  • De 8 casas que cobrem AZUL4, 7 recomendam manutenção e 1 venda.
  • O JPMorgan mantém recomendação neutra sem preço-alvo, enquanto o Bradesco BBI tem recomendação de compra com preço-alvo de R$ 5.
  • A Rico e a XP mantêm recomendação neutra devido ao cenário desafiador e alta alavancagem.
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